Mulher Objeto

Não quero que me tratem como um bibelô, mas ainda me choca tanta falta de sensibilidade. Tudo bem que o objetivo seja este, mas existem formas mais sutis de se chegar ao ponto.

Quero ser uma mulher desejada, além de admirada. Mas quando o desejo chega assim, parece que deixo de ser até mulher, me torno tão somente objeto.

Assim? Não, obrigada!

Amoras

"O conto de Píramo e Tisbe pode ser considerado como a influência que Shakespeare teve para elaborar sua mais famosa obra: Romeu e Julieta. A história se passa entre dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito casar, porém seus pais não permitiam.

Esses jovens moravam em casas vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os apaixonados trocavam palavras de amor. Em certo dia, se encontraram a noite e decidiram que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte refrescante.

Tisbe chegou primeiro ao local e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensangüentada querendo se molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensangüentados.

Quando Píramo chegou e não achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e ensangüentado, se desesperou e decidiu morrer por causa da amada, desembainhou sua espada e feriu o próprio coração.

Quando Tisbe retornou ao local se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto com ele. Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor vermelha às amoras."

Fonte: http://www.brasilescola.com/mitologia/piramo-tisbe.htm

Sem querer, fez total sentido!

(in) pacience

Ansiedade, inquietude, impaciência, desassossego. Tudo isso me consome e nada disso me define.

Como é difícil esperar. Esperar que o telefone toque, que tudo mude, que eu saia da inércia, que o amor me encontre (ou eu a ele). Como é difícil ver-se parada, sem ação, sem luz no fim do túnel. Talvez tudo não passe de acomodação.


Estagnei.

Por medo de seguir adiante.
Por não ter caminho pra seguir.
Por escolher demais o caminho e me perder nas primeiras curvas.
Por preferir o impossível.
Por não querer seguir sozinha.

A escolha é sempre minha. Mas o outro também tem escolhas pra fazer. E pra isto não existe fórmula mágica.


O que eu queria entender, está muito além do que a minha razão compreende. Afinal, sentimentos não são tão previsíveis.

As Amoras Impossíveis

Existe algo mais emblemático que o amor? Não falo do amor fraterno ou do que é correspondido. Falo do amor que é sonhado, idealizado, sentido e sofrido. Que só existe pela razão de não ser concreto, de ficar só na imaginação. Aquele amor que é uma dor, mas só porque a gente quer.
Desse tipo de amor existem às pencas. Amores que só se concretizam em poesia, cartas e suspiros. Os objetos de amor são admirados à distância, como aqueles frutos de uma árvore bem alta que jamais se poderia alcançar. 
Dos amores da adolescência restam as Amoras Impossíveis, paixões que se tornando reais, não teriam o mesmo sabor, nem me fariam escrever tanto...
Com o tempo, mas não sem sofrimento, se entende que amar é uma recíproca, requer disposição dos dois lados, um mínimo de lealdade e dedicação a algo que vai além do EU + VOCÊ = NÓS. Que quanto mais alto o grau de exigência, maior é o tombo que se tem do precipício que separa o real e o ideal, e que amar é desejar, mas também é aceitar as qualidades e defeitos do outro.